José Pantoja/ Sespa
O diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso, diz que resultados obtidos no começo do ano são resultado de parceria
Foto: José Pantoja
O Pará conseguiu reduzir pela metade os casos de malária registrados este ano. O resultado é uma resposta das ações preventivas que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) tem feito, em conjunto com os municípios do Estado. De janeiro a fevereiro, foram 7.168 ocorrências registradas, contra as 16.203 notificadas no mesmo período do ano passado, uma redução de 56%.
Segundo o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Bernardo Cardoso, é de suma importância a participação dos municípios no combate à malaria. “É possível reduzir ainda mais este número, se todos os municípios se comprometerem com o Estado para a vigilância em saúde. Temos que continuar vigilantes para orientar e tratar a população que mora em áreas consideradas de risco”, diz.
Ao longo do ano a Sespa tem reforçado a estrutura de trabalho para fortalecer a ações em todas as localidades. Em janeiro deste ano, foram distribuídos, com recursos do Estado, 60 mil mosquiteiros impregnados com inseticida. Também foram entregues 30 microscópios, motos, rabetas e lanchas para as regiões de difícil acesso. Até junho, será distribuída outra remessa de material para facilitar o trabalho de técnicos e agentes de endemias.
Entre as ações de combate à doença, a coordenação estadual de controle da malária atua em parceria com os municípios na prevenção, diagnóstico e capacitação de profissionais. As ações incluem treinamento de microscopistas e treinamento em manejo clínico de doentes com malária grave, nas regionais de saúde. Ainda está prevista pare este semestre uma capacitação para médicos e enfermeiros no manejo clínico da malária.
Segundo Bernardo Cardoso, o trabalho de campo também vem sendo aprimorado, com treinamentos de agentes de endemias que colhem o material do paciente nas localidades distantes, e com a distribuição de medicamentos imediato, caso o paciente seja diagnosticado com a doença. Além de medicar, é fundamental conscientizar a população sobre a importância d as ações preventivas.
“A população tem que seguir as orientações de prevenção e aceitar o tratamento de forma adequada e completa. É imprescindível que o paciente comece o tratamento da doença até no máximo 48 horas após o contágio”, destaca. Os municípios de Cametá, Curralinho, Oeiras do Pará, Itaituba e Jacareacanga estão entre os considerados prioritários no combate à malária.
A principal orientação para quem vive nas áreas de risco é a prevenção. As medidas mais indicadas são a instalação de telas em portas e janelas, uso de mosquiteiros e atenção aos horários de maior atividade do mosquito, evitando banhos de rio ao amanhecer e ao pôr-do-sol.


Texto: Edna Sidou - Sespa

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