Defesa Civil assiste famílias atingidas pela alta do nível dos rios
Cristino Martins/Ag. Pará
As cidades de Altamira, no sudoeste do Pará, e Marabá, no sudeste, apresentam a situação mais crítica, por causa da subida do nível dos rios

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 27/02/2012 às 21:03

    A Defesa Civil do Pará está emitindo boletins diários aos órgãos estaduais sobre o monitoramento dos rios nos municípios do interior do Estado com maiores riscos de enchentes. Segundo o último levantamento, Marabá e Altamira, no sudeste e sudoeste paraenses, respectivamente, são as cidades com os níveis mais elevados que podem, a qualquer momento, decretar estado de alerta. A emissão de boletins informativos diários faz parte do plano de contingência implantado no início do ano, por conta do período em que começa o chamado inverno amazônico, que compreende os meses de dezembro a junho.
    O monitoramento feito pelas equipes da Defesa Civil indica que o nível do rio Tocantins atingiu no ultimo domingo (27) 11,26 metros, ficando 1,26 metro acima da cota de alerta. Nas últimas 24 horas, a chuva atingiu 27 milímetros no município de Marabá, o que representa um percentual de 6,75% da precipitação prevista para essa localidade em fevereiro desse ano. Na cidade, 307 famílias foram afetadas com a cheia do rio e estão em abrigos públicos.
    O município de Santana do Araguaia, também na região sudeste, decretou estado de emergência por conta da queda de pontes e obstrução de vicinais. Apesar dos transtornos, a cidade ainda não registra o número de desabrigados. O processo foi encaminhado à Secretaria Nacional de Defesa Civil para reconhecimento, deliberação de ações e envio de recursos estaduais e federais ao município.
    No sudoeste do Estado, o rio Xingu, em Altamira, também subiu, deixando a cidade em estado de alerta. O número de desabrigados, de acordo com o último boletim emitido pela Defesa Civil, chega a 104 famílias. Em Itaituba a situação também começa a se agravar. Nas ultimas 24 horas, a chuva atingiu 42,1 milímetros, um percentual de 13,58% da precipitação prevista para o período.
    Segundo o coordenador da Defesa Civil, coronel José Augusto Almeida, o plano de contingência está em plena execução. As prefeituras dos municípios considerados em estado de alerta ainda têm condições de conduzir os desastres provocados pelas chuvas. Apesar dos volumes de água ainda serem considerados normais pelos órgãos de monitoramento climático, é preciso estar alerta para a cheia dos rios. “Estamos na fase de monitoramento, e a qualquer sinal de emergência por parte da coordenadoria municipal, o Estado passará a atuar apoiando o município”, explica.
    O plano de contingência contempla ações de prevenção, preparação, resposta e reconstrução voltadas para atender a população dos municípios atingidos por enchentes. Durante o período crítico, de março a junho, todos os municípios situados no entorno dos rios Amazonas, Araguaia, Tapajós, Tocantins e Xingu deverão receber atenção especial da Defesa Civil. O plano está dividido em quatro etapas, e a terceira começa em março, quando o nível dos rios atinge a cota de alerta e a Defesa Civil fica a postos para atender a qualquer chamado dos municípios das áreas de risco.


    Texto: Danielle Ferreira - Secom

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