Ministro Helder Barbalho pede intervenção federal no Pará
O
ministro da Integração Nacional Helder Barbalho solicitou ao ministro
da Justiça Torquato Jardim, nesta quinta-feira (8), intervenção federal
para combater a grave crise de segurança pública instalada no Pará, com
presença da Força Nacional de Segurança ou do Exército Brasileiro.
O
pedido protocolado junto ao Ministério da Justiça ressalta a necessidade
"da garantia da paz e da ordem, haja vista os reiterados e frequentes
eventos de violência que acometem a população paraense".
O Pará está entre os
cinco Estados mais violentos do
Brasil e Altamira é apontada como a
mais violenta entre
as 304 cidades com mais de 100 mil habitantes.
Com
o total de 116 homicídios em 2015, o que representa uma taxa de 107 por 100 mil
habitantes, Altamira supera em mais de três vezes a média nacional, que é de
28,9 homicídios por 100 mil habitantes.
O
triste retrato da violência no Estado reflete diretamente o descaso de ações efetivas de
segurança pública a favor da
população e foi revelado ontem no lançamento do Atlas da Violência 2017, que
traz dados consolidados de 2005 a 2015 em todas as unidades da Federação.
Um confronto entre
supostos invasores de terra e policiais militares e civis terminou em
tragédia, com 10
mortos, na fazenda chamada Santa Lúcia, localizada no município de Pau D'Arco,
distante cerca de 50 km de Redenção, no sudeste paraense.
Um
dos casos de violência mais recentes na capital paraense foi a chacina na Rua Nova Segunda, no bairro do Condor,
em Belém, entre as ruas Tupinambás e Apinagés.
Ao
menos 5 mortos e 15 pessoas feridas, incluindo duas crianças, foi o saldo de
uma noite de terror que começou por volta das 22h da última terça-feira (6).
Entre
os feridos, um casal de crianças: uma menina de quatro anos, atingida na
cabeça, e um menino de cinco anos, ferido em um dos pés. As vítimas assistiam TV quando os tiros começaram.
Na
quarta-feira (7), um grupo de moradores
do bairro cansados da violência e insegurança, protestaram chegando
a fechar a via onde ocorreram os crimes, além de queimar pneus, pedaços de
árvores e plásticos.
(DOL)
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