O passo inicial foi dado com a primeira teleconferência multicampi.
Em uma experiência inédita da Reitoria, a Ufopa realizou na tarde de quinta-feira, 5, a primeira teleconferência envolvendo servidores da sede, em Santarém, e dos campi da instituição nos municípios de Alenquer, Itaituba, Óbidos e Juruti.
A ação foi considerada ousada para uma universidade do interior da Amazônia, cujo principal entrave para os avanços tecnológicos ainda esbarra na qualidade da internet oferecida na região, um dos fatores que impediu a entrada na conferência dos servidores de Monte Alegre e Oriximiná. A análise da ação foi positiva, por ter rompido a distância e gerado acesso à interação entre os servidores que estão espalhados nas seis cidades fora de Santarém.
“A partir de agora passaremos a nos reunir com maior frequência, sem a necessidade de deslocamento do servidor para a sede. Lógico, que haverá situação em que será necessária a participação in loco, mas essa proximidade online contribui bastante para que os outros municípios não se sintam excluídos e possam participar, mais ativamente, das decisões que lhes dizem respeito”, reforça a pró-reitora de Ensino de Graduação, Aldenira Scalabrin.
Para a reitora da Ufopa, Raimunda Monteiro, “foi dada a largada para que a Ufopa faça parte de uma rede nacional que envolve o uso da tecnologia no ensino a distância (EaD). Agora é trabalhar no aperfeiçoamento das ferramentas. A regulamentação que autoriza as universidades a abrirem novos polos configura uma política em que essa modalidade de ensino passa a ser privilegiada na política de expansão da Ufopa. Com a dificuldade que estamos enfrentando, não temos perspectivas de criar novos cursos presenciais a curto e médio prazo. O EaD será nosso objetivo, especialmente porque podemos levar a educação a lugares que estão fora das regiões onde já temos sede, a exemplo da Transamazônica, Novo Progresso, Almeirim, Prainha e Jacareacanga”, explica a reitora.
Durante a teleconferência, cujo tema foi a educação a distância, com possibilidade de criação de polos nos municípios, a técnica em assuntos educacionais Maria Sousa Aguiar, da Seção de Regulação de Curso, vinculada à Proen, fez vários esclarecimentos sobre o que será necessário para a Ufopa dar esse passo tão importante na área do ensino, sem perder a qualidade mantida nos cursos presenciais.
Encaminhamentos - Ao final da teleconferência ficou definido que muitos amadurecimentos ainda terão que ocorrer. Uma comissão será criada para analisar, de forma minuciosa, cada critério para implantação. Os servidores dos campi deixaram claro o desejo de ter cursos voltados aos servidores técnicos da Ufopa, que sentem dificuldades de ter acesso a uma pós-graduação, bem como os ex-alunos que tiveram a formação superior pelo Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor). Os pontos foram vistos como importantes e ficaram de ser analisados. 
Na próxima reunião serão convidadas pessoas, com experiência na área, que possam contribuir com a criação do modelo a ser adotado. A previsão é de que os cursos na modalidade EaD sejam ofertados pela Ufopa a partir de 2018. A segunda teleconferência multicampi para debater sobre ensino a distância deverá ocorrer na semana que vem.
Albanira Coelho - Comunicação/Ufopa

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