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Rodovia atrapalha turismo em Alter do Chão

Conhecida como Caribe da Amazônia, a praia de Alter do Chão sempre foi um dos pontos turísticos mais procurados por turistas estrangeiros. Escolhida por Tom Phillips, correspondente do jornal inglês The Guardian, como a melhor praia do Brasil, localiza-se na margem direita do rio Tapajós, a cerca 30 quilômetros de Santarém, no Estado do Pará. Para os habitantes do oeste paraense, além prestígio internacional, a praia cabocla de águas doces é uma verdadeira jóia natural. De Santarém à vila turística de Alter-do-Chão, o acesso, via terrestre, é feito pela PA-457, a rodovia Everaldo Martins.

Somado a enchente, que atingiu a maior marca de todos os tempos e sempre provoca a baixa temporada de turistas, a ilha ganhou mais um vilão capaz de afastá-los: a estrada que liga Santarém à vila. O que é para ser uma estrada de asfalto, atualmente, está sem descrição. Repleta de obstáculos, a rodovia contém hoje aproximadamente 10 quilômetros em péssimas condições de trafegabilidade e em vários trechos os motoristas são obrigados a dirigir pela contramão para tentar fugir dos buracos. A rodovia, que foi prejudicada pelas chuvas e pela cheia dos igarapés que lhe cortam, tem grande parte deformada e esburacada. Vários acidentes já aconteceram e a situação é lamentável para os moradores do local e de Santarém.

Há cerca de três meses o que se vê em Alter-do-Chão é pouca gente nas ruas, pousadas fechadas ou sem movimento, lanchas paradas e catraieiros sem trabalho. Empresários do ramo hoteleiro e turístico, donos de comércios e restaurantes estão quase sem nenhuma lucratividade. Para eles, não está sendo viável manter o empreendimento funcionando, já que há público para isto. Porém, para oferecer um suporte aos que residem na ilha e aos turistas, que aparecem em menor quantidade, se comparado ao mesmo período do ano passado, é imprescindível abrir os estabelecimentos.

Em uma visita da equipe da Produtora Conexão Oeste à Alter-do-Chão no último sábado (04/07), foi possível perceber a indignação das pessoas que dependem financeiramente da ilha. Comunitários e empresários estão se reunindo constantemente para definir a melhor forma de atrair visitantes. Durante as reuniões surgiu a possibilidade, como forma de protesto, dos próprios empresários e comunitários fecharem as pousadas, os restaurantes, os comércios, e principalmente interditarem a estrada. Afinal, iniciou o mês de julho, o Festival Borari ocorre no próximo final de semana, algumas reuniões já foram realizadas com vereadores, a promessa de melhorias surgiu, mas desapareceu e a situação da rodovia só piora.

Alguns canais de comunicação do governo divulgaram que já havia sido reformado o trecho de maior necessidade da estrada, que soma aproximadamente 10 quilômetros. Este fato causou polêmica por não possuir nenhuma veracidade, mas de acordo com a Secretaria de Estado de Transportes - SETRAN, o trabalho na rodovia parou devido ao período de chuvas e reiniciou na última terça-feira (07), com a operação tapa-buraco, correspondente a primeira fase da obra. Na segunda fase será feito o recapeamento e a sinalização, para ser finalizada até setembro, quando acontece o Festival do Sairé

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