Novo Progresso: Equipe da Band é detida enquanto cobria operação Boi Pirata, no Pará
Por: Izabela Vasconcelos, de São Paulo
Uma equipe de reportagem da TV Bandeirantes do Distrito Federal foi detida na última quarta-feira (27/01) quando fazia a cobertura da Operação Boi Pirata II, em Novo Progresso, no Pará. Além do repórter Valteno de Oliveira e do cinegrafista Franco, um auxiliar e o presidente da Associação de Produtores de Novo Progresso, Luiz Relfinchtain, que os acompanhava, também foi detido por cerca de duas horas.
De acordo com o repórter, dois fiscais do Ibama os detiveram após pedirem que a equipe apagasse todas as imagens registradas. Diante da recusa, os três foram encaminhados ao escritório do Ibama em Novo Progresso.
“Estávamos lá para registrar imagens da saída do gado. Fui para a estrada, onde os bois estavam, tinha muitas barreiras de policiais e eles nos viram. Fui fazer uma entrevista, com um fazendeiro que criticou a operação. Depois apareceram dois fiscais do Ibama”, conta Oliveira.
De acordo com o jornalista, antes da cobertura ele foi informado que deveria solicitar uma autorização para o Ibama. Depois de várias tentativas, o jornalista não conseguiu falar com a pessoa responsável, e acostumado em cobrir o local, decidiu ir para a estrada filmar, fora da área do parque fiscalizado pelo Ibama.
Os dois fiscais, acompanhados de um homem armado, se aproximaram da equipe. “Eles me pediram a autorização e depois disseram que eu devia apagar todo meu material. Eu disse que não apagaria de jeito nenhum, então eles nos detiveram”.
Para liberar a equipe e o produtor agrícola que os acompanhava, os fiscais disseram que deveriam aguardar a chegada do comandante da operação, e que se eles fossem embora, os equipamentos deveriam ficar no local. “Liga para Brasília e vejam a bobagem que vocês estão fazendo”, contestou Oliveira aos fiscais.
Os três só foram liberados após a chegada do secretário do meio ambiente do município de Novo Progresso, que não sabia do caso, mas, surpreso, disse que divulgaria a detenção na imprensa local.
Segundo Oliveira, ele nunca teve problemas desse tipo na Operação Boi Pirata e as equipes de reportagem sempre tiveram suporte do Ministério do Meio Ambiente. “Liguei para o ministro Minc e ele não acreditou, pediu desculpas e disse que foi uma falha, mas que o ministério não coordenou esse caso”.
Não é a primeira vez que fiscais do Ibama tentam deter jornalistas ou seus equipamentos. De acordo com Oliveira, na semana anterior a esse incidente com a TV Bandeirantes, o Ibama obrigou o editor do site Povos da Amazônia a apagar todas as fotos que tinha feito no local.
A matéria sobre a Operação Boi Pirata, que encaminha bovinos criados em área de preservação para outras regiões, foi exibida no jornal da Band na última sexta-feira (29/01). A reportagem tratava da precariedade no transporte dos bois, dos maus tratos aos animais e do custo da operação.
A superintendência do Ibama em Belém negou que a equipe tenha sido detida ou que os fiscais tivessem pedido que o jornalista apagasse as imagens de sua câmera. Apesar da negativa, o órgão disse que irá apurar mais o caso.
Uma equipe de reportagem da TV Bandeirantes do Distrito Federal foi detida na última quarta-feira (27/01) quando fazia a cobertura da Operação Boi Pirata II, em Novo Progresso, no Pará. Além do repórter Valteno de Oliveira e do cinegrafista Franco, um auxiliar e o presidente da Associação de Produtores de Novo Progresso, Luiz Relfinchtain, que os acompanhava, também foi detido por cerca de duas horas.
De acordo com o repórter, dois fiscais do Ibama os detiveram após pedirem que a equipe apagasse todas as imagens registradas. Diante da recusa, os três foram encaminhados ao escritório do Ibama em Novo Progresso.
“Estávamos lá para registrar imagens da saída do gado. Fui para a estrada, onde os bois estavam, tinha muitas barreiras de policiais e eles nos viram. Fui fazer uma entrevista, com um fazendeiro que criticou a operação. Depois apareceram dois fiscais do Ibama”, conta Oliveira.
De acordo com o jornalista, antes da cobertura ele foi informado que deveria solicitar uma autorização para o Ibama. Depois de várias tentativas, o jornalista não conseguiu falar com a pessoa responsável, e acostumado em cobrir o local, decidiu ir para a estrada filmar, fora da área do parque fiscalizado pelo Ibama.
Os dois fiscais, acompanhados de um homem armado, se aproximaram da equipe. “Eles me pediram a autorização e depois disseram que eu devia apagar todo meu material. Eu disse que não apagaria de jeito nenhum, então eles nos detiveram”.
Para liberar a equipe e o produtor agrícola que os acompanhava, os fiscais disseram que deveriam aguardar a chegada do comandante da operação, e que se eles fossem embora, os equipamentos deveriam ficar no local. “Liga para Brasília e vejam a bobagem que vocês estão fazendo”, contestou Oliveira aos fiscais.
Os três só foram liberados após a chegada do secretário do meio ambiente do município de Novo Progresso, que não sabia do caso, mas, surpreso, disse que divulgaria a detenção na imprensa local.
Segundo Oliveira, ele nunca teve problemas desse tipo na Operação Boi Pirata e as equipes de reportagem sempre tiveram suporte do Ministério do Meio Ambiente. “Liguei para o ministro Minc e ele não acreditou, pediu desculpas e disse que foi uma falha, mas que o ministério não coordenou esse caso”.
Não é a primeira vez que fiscais do Ibama tentam deter jornalistas ou seus equipamentos. De acordo com Oliveira, na semana anterior a esse incidente com a TV Bandeirantes, o Ibama obrigou o editor do site Povos da Amazônia a apagar todas as fotos que tinha feito no local.
A matéria sobre a Operação Boi Pirata, que encaminha bovinos criados em área de preservação para outras regiões, foi exibida no jornal da Band na última sexta-feira (29/01). A reportagem tratava da precariedade no transporte dos bois, dos maus tratos aos animais e do custo da operação.
A superintendência do Ibama em Belém negou que a equipe tenha sido detida ou que os fiscais tivessem pedido que o jornalista apagasse as imagens de sua câmera. Apesar da negativa, o órgão disse que irá apurar mais o caso.
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