Transgarimpeira – Um retrato fiel do abandono
As
imagens foram feitas no inicio desse mês de fevereiro e mostram como
fica a situação da rodovia Transgarimpeira nessa época do ano. Com
duzentos quilômetros de extensão, a Transgarimpeira liga a BR-163, à
altura de Moraes de Almeida, ao distrito de Creporizão, e essa estrada
tem uma importância estratégica para dezenas de comunidades garimpeiras
situadas nessa região. É através da Transgarimpeira que as comunidades
são abastecidas com alimentos e combustíveis para funcionar os
maquinários que
trabalham nos garimpos.
trabalham nos garimpos.
Mas, nessa época do ano, a viagem, que no verão dura em torno de quatro horas, no inverno pode durar um dia inteiro ou mais, dependendo da chuva. Os caminhoneiros que transportam mercadorias para as comunidades são os que mais sofrem com as condições da rodovia. Por causa do peso, os caminhões não conseguem subir as ladeiras e acabam atravessados no meio da estrada. Em muitos pontos da rodovia, até os veículos menores e com tração nas quatro rodas ficam presos nos atoleiros e só conseguem sair com a ajuda de trator, quando os motoristas chegam a pagar de cinquenta a cem reais por veiculo puxado.
A situação mais crítica da rodovia começa a partir do KM 140, onde, em alguns pontos, a estrada desaparece completamente e vira apenas um enorme atoleiro. O motorista que trafega por essa estrada nessa época do ano precisa estar sempre alerta, pois qualquer descuido pode causar um acidente. As pontes construídas em madeiras já estão velhas e apodrecidas e representam outro perigo para os motoristas. Na maioria delas, as laterais já foram destruídas pela ação do tempo e, com as fortes chuvas desse inverno, a qualquer momento, uma ponte dessas pode desabar. E olha que a rodovia Transgarimpeira foi a primeira estrada a ser estadualizada nessa região. O processo foi aprovado no final do governo de Ana Julia, mas os investimentos na recuperação da rodovia, até agora, não foram suficientes para livrar desse sofrimento imposto para quem mora na região do Creporizão e depende da rodovia para a sua sobrevivência.
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