Presença de mulheres no futebol amazonense aumenta a cada ano.
Grazielly é a versão feminina do “mão santa” no Tufão da Colina. Foto: |
Elas saíram do papel coadjuvante para dividir com os homens funções do primeiro escalão nos clubes. A itaitubense Grazielly Coutinho é uma delas.
Muito além
de emprestar beleza, senso de organização e delicadeza, as mulheres têm
conquistado espaços importantes no futebol amazonense. Elas saíram do papel
coadjuvante para dividir com os homens funções do primeiro escalão nos clubes.
No quadro de arbitragem da Federação Amazonense de Futebol (FAF), a
participação feminina também aumenta significativamente.
Grazielly
Coutinho, de 26 anos, foi contratada pelo São Raimundo como fisioterapeuta
oficial para o primeiro turno do Estadual. Quando a beldade é acionada a entrar
em campo para atender jogadores batidos, os marmanjos enchem os olhos. Sobre a
estrutura de trabalho que o clube oferece para que ela possa realizar as
sessões de fisioterapia com os jogadores do Tufão, Grazielly disse que apesar
de modesta, consegue trabalhar adequadamente para recuperar os atletas.
“A estrutura
ainda é modesta pela condição que estamos tendo já que o estádio da Colina vai
entrar em reforma para a Copa do Mundo. Mas estamos conseguindo fazer um bom
trabalho porque os jogadores felizmente não estão com contusões graves e
estamos fazendo mais um trabalho preventivo. Estou atuando de forma
diferenciada com cada jogador de acordo com a lesão apresentada”, explica a
morena nascida na cidade de Itaituba, no Pará, especializada na área de
biomecânica.
Três
perguntas para Grazielly Coutinho
Existe algum
tipo de preconceito em relação ao seu trabalho no São Raimundo?
Não. Ainda
não notei diretamente isso. O preconceito está nos próprios jogadores, que
parecem ter vergonha de dizer o que estão sentindo. Mas, conforme o tempo vai
passando, eles vão ficando mais desinibidos comigo. Creio que há uma maior
valorização do trabalho da mulher até mesmo no futebol, onde os homens dominam.
Fale sobre
sua primeira experiência em um clube profissional?
Já trabalho
em uma empresa do Distrito Industrial, mas no futebol profissional é a minha
primeira experiência. Acredito que vou aprender muito mais nessa área
esportiva. Eles são uns garotos muito respeitadores. Para mim está sendo mais
difícil escutar as palavras das torcidas que pegam um pouquinho pesado durante
os jogos do campeonato. A primeira vez que ouvi palavrões foi bem impactante,
mas está sendo muito proveitoso do ponto de vista profissional, pois é um
trabalho mais especifico, de campo, é muito válido para mim”
O salário é
equivalente a de um homem?
Acho que
essa é uma questão que se resolve entre o profissional e quem faz a proposta
para ele. O valor é você quem determina com seu conhecimento e com a
valorização do seu trabalho. Quanto mais competente, maior salário.
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