Oeste do Pará: José Alencar cria primeira universidade pública do interior da Amazônia

Da Redação
Agência Pará

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A governadora Ana Júlia Carepa, ao lado do presidente em exercício, José Alencar, na solenidade de criação da Universidade Federal do Oeste do Pará
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Ana Júlia Carepa e o ministro Fernando Haddad assistem à sanção da Ufopa por José Alencar, que irá a Santarém para a inauguração da universidade
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José Alencar, Ana Júlia Carepa, a prefeita Maria do Carmo Martins e outras autoridades do Pará após a criação da universidade
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Ana Júlia Carepa, Fernando Haddad e José Alencar comemoram a criação da Ufopa, um momento histórico para a educação na Amazônia

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Brasília - O presidente da República em exercício, José Alencar, sancionou nesta quinta-feira (5), em Brasília, o Projeto de Lei 2.879/09, que cria a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Primeira universidade pública com sede no interior da região amazônica, a Ufopa será instalada no município de Santarém, no início de dezembro.

A governadora Ana Júlia Carepa compareceu à solenidade e comemorou a criação da nova universidade: "Esta é uma luta de muito tempo e fruto da união do Estado. A população do oeste paraense merece este presente", frisou. A Ufopa absorverá o campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Santarém e uma unidade descentralizada da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra-Tapajós).

A meta é receber aproximadamente 10 mil estudantes de cursos de graduação. Ana Júlia Carepa disse que a Ufopa é um investimento essencial para o desenvolvimento do oeste do Pará, uma vez que a região reúne os municípios mais distantes da capital paraense.

A nova instituição deverá promover a cooperação regional e internacional, com a participação dos demais Estados da Amazônia Legal - Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão e do Mato Grosso - e dos outros países membros da Organização do Tratado da Cooperação Amazônica (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).

Vocações - Serão oferecidas 1,6 mil vagas nos cursos de Engenharia Florestal, Sistemas de Informação, Direito e licenciatura em Letras, Pedagogia, Física, Matemática e Biologia. A partir de 2010 serão abertos cursos em áreas do conhecimento relacionadas às vocações regionais. "A Ufopa já nasce com os olhos voltados para o século XXI e talvez até para o século XXII, porque tem cursos voltados à biodiversidade, às águas e aos arranjos produtivos locai", ressaltou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

A nova universidade está incluída nos planos do governo federal para expandir a rede de ensino superior e ampliar os investimentos em ciência e tecnologia, com foco na inclusão social. Além da formação intelectual, ensino, pesquisa e extensão, a Ufopa impulsionará o desenvolvimento regional.

A Universidade é um projeto do governo federal a partir de uma Indicação (a 4.821/2005), do deputado federal Zé Geraldo (PT-PA), que sugeriu ao Poder Executivo e ao ministro Fernando Haddad a criação da universidade. Em 2008, o Poder Executivo enviou ao Congresso o projeto atual, que tramitou nas comissões da Câmara dos Deputados e no Senado.

"A Ufopa é a 12ª universidade federal criada pelo presidente Lula. Com isso, ele se torna o presidente brasileiro que mais criou universidades federais", destacou a governadora paraense. Ela observou, ainda, que a região oeste do Pará merece a universidade, dado o seu grande potencial turístico e suas riquezas minerais, agropecuárias e pesqueiras.

Paradigmas - Segundo Ana Júlia Carepa, a nova universidade quebra paradigmas, por levar o desenvolvimento a todo o território paraense. Ela ressaltou que o governo estadual está empenhado em apoiar a educação e a pesquisa: "Junto à Ufopa teremos um parque de tecnologia e o trabalho da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (Fapespa). Estou muito feliz e orgulhosa de ser a governadora do Pará neste momento histórico de criação dessa universidade, que já nasce pujante e grandiosa".

"O Brasil está se preocupando cada vez mais com o desenvolvimento sustentável da Amazônia", disse o presidente em exercício, José Alencar. Ele declarou ser "uma honra excepcional sancionar o projeto que cria a Ufopa" e, num discurso emocionado, lembrou sua passagem por Santarém, da beleza da região, especialmente do rio Tapajós.

José Alencar informou que faz questão de ir a Santarém para a inauguração da universidade, que deverá ocorrer entre os dias 06 e 8 de dezembro deste ano.

O ministro Fernando Haddad destacou a importância da Ufopa, observando que o Pará tem dimensões "não de país, mas de continente", e destacou que a nova instituição começa com um projeto político pedagógico diferenciado, voltado para a sustentabilidade e com foco na interiorização da educação superior .

A solenidade foi prestigiada pelo ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; pelo coordenador da Comissão de Implantação da Ufopa, José Seixas Lourenço; pelos senadores José Nery e Flexa Ribeiro; pelos deputados federais José Geraldo, Nilson Pinto e Elcione Barbalho, além do deputado estadual Airton Faleiro e da prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins.

Contratação - Os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela UFPA no campus de Santarém e nos núcleos de Óbidos, Oriximiná e Itaituba, e pela Ufra na unidade descentralizada do Tapajós, integrarão a estrutura da Ufopa. Os alunos matriculados nesses cursos farão parte, automaticamente, da nova universidade.

Segundo o Ministério da Educação, cinco unidades multidisciplinares de pesquisa, ensino e extensão estão sendo estruturadas a partir de projeto que articula ciências humanas e sociais com ciências da natureza e tecnologia. Essas unidades serão agregadas aos institutos de biodiversidade e florestas, de ciências e tecnologia das águas, de engenharia e geociências, de ciências da sociedade e de ciências da educação.

Além dos cargos de reitor e de vice-reitor, serão criados 500 cargos de professor e 333 técnico-administrativos de nível superior e nível médio. Os professores e técnicos serão selecionados ainda este ano. Em 2010 devem ser contratados 146 professores e 166 técnicos.

Sônia Zaghetto - Secom

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