TARTARUGA... POR QUE CRUCIFICAR O IVO? "ATIRE A PRIMEIRA PEDRA QUEM NUNCA COMEU"

Por: Pedro Fernandes/Cagada Política

Conheço a região norte a muito tempo, e os hábitos alimentares do povo é bem diferente do resto do Brasil, principalmente quem mora as margens de rios. Comer carne de tartaruga e tracajá é uma questão de cultura alimentar, e sem tentar generalizar, "todo mundo come", é tartaruga, tracajá, paca, viado, mutum,... etc, só não come quem não gosta, afinal..."gosto é como cú, cada um tem um".

Por que crucificar o Ivo? Nós que moramos em regiões onde tem o quelônio, comemos o “bichinho”, principalmente na época de verão, quando é comum nas vilas, povoados e cidades ribeirinhas, o ato de se pegar e comer.

Os defensores das tartarugas devem querer morrer, mas o quelônio sempre foi um dos pratos prediletos de quem mora na região Norte. E isso desde os tempos da colônia, quando o bichinho era o ingrediente principal de vários pratos. Sarapatel, feito com o sangue e os miúdos da tartaruga, sopa, ensopado, assado... Todos pratos que ainda visitam as mesas nortistas, mas não com tanta frequência quanto antes. É que o animal está na lista de protegidos pelo Ibama, e o instituto permite o consumo de apenas duas espécies das 14 espécies de água doce existentes na região para criação em cativeiro e comercialização.

O tracajá e a tartaruga-da-amazônia fazem a alegria dos moradores e dos chefs de cozinha. Deles se aproveita tudo. Fígado para refogado, sangue e miúdos para o sarapatel, peito para fazer filé, casco para servir a iguaria, com farofa e arroz branco como acompanhamento.

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