POPULAÇÃO REVOLTADA COM JUIZ DE RURÓPOLIS


Uma justificativa de que a Medida de destituição da mesa da Câmara pelo juiz Gláucio Assad, da Comarca de Rurópolis, foi tomada com base no preceito de que a atual Mesa Diretora, eleita há 28 dias, foi formada sem obedecer a proporcionalidade dos partidos com assento na Câmara, não foi o bastante para evitar o clima tenso que formou no Município. Um fato que alguns consideram como represália política, pois o juiz Gláucio Assad é cunhado do atual prefeito Pablo Genuíno e a mesa da Câmara, incluindo o atual presidente Jonas Lourenço (PT) é oposição ao Prefeito.

Denúncia de represália: A denúncia de abuso de autoridade, nepotismo e desmando praticado pelo jovem magistrado, talvez cheio de ingenuidade política e movido por um sentimento de impulsividade, ocasionou em Mandado de Segurança. 


O até então presidente da Câmara Municipal de Rurópolis, vereador Jonas Lourenço e seus pares no Legislativo, tinham 48 horas para realizar uma nova eleição aos 4 cargos de direção do Legislativo – presidente, vice, 1º secretário e 2º secretário. Tal eleição seria realizada na 4ª feira pela manhã, mas não aconteceu devido a fúria da população que não aceitou a medida tomada pelo Juiz.

Bastante contrariado, o vereador Jonas Lourenço diz que o processo eletivo ocorreu dentro da legalidade, inclusive obedecendo a proporcionalidade dos partidos, tanto que haviam duas chapas concorrendo.

“Como decisão judicial não se discute, vamos recorrer e esperar o resultado para tomar as próximas decisões”, disparou, sendo apoiado pelos demais membros destituídos, os vereadores Sérgio Ribeiro (PMDB), vice; Flora Variani (PMDB), 1ª secretária), e Anderson Pinto (PP), 2º secretário.

A Câmara de Rurópolis é composta por 13 legisladores. A chapa encabeçada por Jonas Lourenço bateu por 7 votos a 6 a que tinha à frente o vereador Nonatinho (PSDB), que contou com o apoio do prefeito eleito Pablo Genuíno (PSDB). Os integrantes da chapa derrotada eram Edgar Rocha (PSD), Raimundo Nonato Silva, o Nonatinho (PSDB), e Ismael Carvalho (DEM), além de Carla Naisa (PSDB).
Clima tenso em Rurópolis – As últimas informações colhidas por nossos correspondentes no município de Rurópolis são de que a cidade vive um clima tenso. Populares ficaram revoltados com a ação do Judiciário que destituiu a Mesa Diretora da Câmara, liderada pelo vereador Jonas Lourenço, (PT).que havia sido eleita de maneira transparente. 

O Juiz responsável pela Comarca de Rurópolis, Dr. Gláucio Assad, através de um despacho, determinou que na quarta-feira haveria nova eleição da Mesa Diretora da Câmara de Rurópolis, solenidade que aconteceria às 09:30 da manhã. Porém, na hora marcada da sessão extraordinária que resultaria em nova eleição, Cerca de 300 pessoas invadiram a Câmara Municipal, gritando palavras de ordem: “Que o Juiz não mandava na Câmara e sim o povo”. Imediatamente reforço de policiais foi chamado para o local e o clima ficou mais tenso. 

O Juiz teve que se ausentar sobre a fúria de populares revoltados que diziam ser uma jogada suja do atual prefeito Pablo Genuíno, para por força e abuso de poder ter o domínio na Câmara Municipal. Até policiais de Itaituba, junto com demais forças tarefas da região, policiais civis, militares e até o Tático da PM, foram deslocados para o Município e ainda estão até hoje lá. A população enfurecida prometia colocar o prédio da Câmara Municipal no chão: “Se for preciso com Juiz e tudo dentro”, dizia a turba irada.

“Desde a eleição para Câmara temos agido como fiscal do povo, e eles não admitem isso. Passaram, então, a fazer esse tipo de manobra para calar o Poder Legislativo”, explicou Jonas Lourenço (PT), eleito para o 3º mandato de Vereador em Rurópolis.

A chapa derrotada, encabeçada por Nonato Silva, o Nonatinho (PSDB), possuía o apoio do novo Prefeito, de sua irmã Paula Genuína (PSDB), a Vereadora mais votada no município, e do ex-prefeito José Paulo Genuíno.

Juiz preside eleição e empossa presidente: Parece que de nada adiantou toda a confusão formada, pois o juiz Glaucio Assad, usando de sua autoridade, presidiu a eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara, já na tarde de quarta-feira. Na ocasião, Edgar Rocha (PSD) foi eleito, por 7 votos a zero, presidente, tendo como vice a vereadora Flora Variani (PMDB). A Câmara Municipal de Rurópolis é composta por 13 vereadores, porém, na ocasião, apenas os sete vereadores da chapa vencedora é que participaram da votação. Os outros seis vereadores se retiraram do plenário da Câmara, em protesto às arbitrariedades. No mesmo ato, o juiz Gláucio Assad deu posse à nova Mesa Diretora da Câmara. Os demais membros da nova Mesa Diretora são Carla Naíza (PSDB), 1º secretária, e Ismael Cunha (DEM), 2º secretário.

Vereadora pode ser expulsa do PMDB: Os advogados da Mesa destituída já entraram com Mandado de Segurança, bem como denunciaram as ações tomadas pelo juiz Gláucio Assad, ao Tribunal de Justiça Eleitoral e ao Conselho Nacional de Justiça. Outra medida que será tomada é contra a vereadora Flora Variani, do PMDB, que era a 1ª secretária na Mesa destituída e, mudou a casaca e agora, é a vice-presidente da nova Mesa Diretora. A direção do PMDB em Rurópolis, que tem como presidente Denival Alexo, o ex-secretário do governo de Aparecido da Silva, já está tomando todas as providências para expulsar Flora Variani do partido, que neste caso, pode perder o mandato, já que pela Legislação Eleitoral, o mandato pertence ao partido e não ao Vereador.

Por: Carlos Cruz – Jornal O Impacto

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