Fazendeiro é condenado por trabalho escravo em Marabá
Do blog do Beto Paranatinga.
A Justiça
Federal em Marabá, no sudeste do Pará, condenou o proprietário rural
Vivaldo Rosa Marinho a cinco anos e quatro meses de reclusão por
tersubmetido trabalhadores a condições semelhantes às da escravidão.
Segundo a
denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA),
em 2009 o Grupo Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do
Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho e a
Polícia Federal, encontrou 11 trabalhadores em condições subumanas na
fazenda "Novo Prazer", que fica em Marabá e é propriedade de Marinho.
Os
trabalhadores foram encontrados em condições precárias de moradia e
trabalho, principalmente em relação à saúde e segurança. As instalações
sanitárias, quando existiam, apresentavam condições deploráveis.
Verificou-se ainda condições inadequadas para a conservação e o preparo
dos alimentos, bem como ausência de água tratada para consumo, que era
retirada de um córrego ou poço. Alguns trabalhadores não chegaram nem a
receber salário pelo trabalho prestado.
Na decisão, o
juiz federal João César Otoni de Matos estabeleceu o regime semiaberto
para o cumprimento da pena privativa de liberdade. Pelo MPF/PA atuaram
no caso os procuradores da República Tiago Modesto Rabelo e Luana Vargas
Macedo. A decisão foi publicada no Diário Oficial Eletrônico da Justiça
Federal na Primeira Região no último dia 11.
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