Jacareacanga: Emater dará assistência técnica a índios Munduruku em Jacareacanga
Indígenas da etnia Munduruku, que moram ao longo do Rio Tapajós e
seus afluentes, começam a ser ouvidos nas 105 aldeias em Jacareacanga,
oeste do Pará, para a elaboração do diagnóstico local que dá
prosseguimento à implantação do plano de gestão territorial e ambiental
para a criação do plano de assistência técnica e extensão rural, dentro
das áreas.
O diagnóstico será feito pela Fundação Nacional do
Índio (Funai), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Pará (Emater), que começou a trabalhar a implementação
do plano ainda em 2008. Dentro das atividades da Emater nas aldeias,
estão a elaboração de oficinas de capacitação para cerca de 300
lideranças indígenas, a fim de garantir a segurança alimentar das
famílias, com ênfase na produção da farinha de mandioca e no
beneficiamento da copaíba (extração).
Para a elaboração do
plano, a Emater oferece apoio logístico e técnico. O diagnóstico
abordará desde os aspectos históricos, o etnozoneamento e o
etnomapeamento das áreas. A elaboração do plano tem duração prevista de
um ano e será coordenada por uma organização não governamental. Os
Munduruku em Jacareacanga são a maior população indígena no Pará,
ultrapassando dez mil índios.
Dentro do processo de
capacitação, produção e comercialização, a Emater trabalha um projeto de
agregação de valor aos produtos indígenas Munduruku, como a farinha de
mandioca, produzida com a assistência técnica da Emater e considerada de
excelente qualidade. “O projeto quer agregar valor à produção Munduruku
e estabelecer marca aos produtos que são de origem orgânica”, diz a
socióloga da Emater Graça Amaral.
Agência Pará
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