Famílias se emocionam ao ver fotos do dia da queda do avião no PA

Karla Lima Do G1 Santarém

Câmera digital foi encontrada no meio dos destroços do avião.
Irmã de Luciney afirma que registros tem data do dia do acidente.

Câmera registrou imagens de técnicas de enfermagem antes da queda da aeronave no PA. (Foto: Cláudia Aguiar/arquivo pessoal)
Fotos foram feitas no dia em que a aeronave caiu.
(Foto: Cláudia Aguiar/arquivo pessoal)
Familiares das técnicas em enfermagem que morreram após a queda do avião bimotor  que saiu de Itaituba com destino a uma aldeia indígena em Jacareacanga, no sudoeste do Pará, no dia 18 de março ficaram emocionados ao verem  fotos que as jovens Rayline Campos, Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva teriam feito dentro do avião no dia do acidente.

De acordo com o delegado de Polícia Civil de Jacareacanga, Lucivelton Santos, a câmera digital foi encontrada junto a outros pertences das vítimas nos destroços da aeronave. Os objetos foram removidos e entregues aos familiares que estavam em Itaituba na terça-feira (29).

Nas fotos, Rayline aparece sozinha com um jornal nas mãos, e Raimunda Luciney posam juntas, com a cabine do piloto atrás. Cláudia Aguiar, irmã da passageira Luciney a quem a câmera pertencia, acredita que os registros foram feitos logo que o avião decolou, pois segundo ela, a data dos registros na máquina são do dia da queda da aeronave.

Para ela, as fotos emocionaram e confortaram mais ainda as famílias. “Para gente foi muito emocionante porque a gente viu que elas estavam felizes. Não tinham ideia do que ia acontecer, mas os sorrisos demonstraram felicidade. O sorriso vai ficar, vai continuar marcado nossa vida. Graças a Deus que foram encontrados. O nosso medo maior era não serem encontrados [corpos]. Agora a gente sabe onde estão e isso”, disse.
A técnica Rayline enviou um SMS para um tio antes de o avião desaparecer (Foto: Cláudia Aguiar/arquivo pessoal)
A técnica Rayline enviou um SMS para um tio antes de o avião desaparecer
(Foto: Cláudia Aguiar/arquivo pessoal)
A sobrinha da técnica Raimunda, Eliana Limeira, ressaltou o quanto foi confortante vê-las felizes, e disse que apesar das dificuldades, elas amavam a profissão. “A gente sente satisfação e tristeza, são sentimentos que se confundem. Vimos que elas estavam felizes, seguindo para o trabalho. Fazendo a missão com alegria. Era um trabalho feito com amor, apesar das dificuldades cada viagem era uma aventura, elas entravam na aldeia com amor e sabiam que tinham pessoas que precisavam delas. Dentro do avião foram encontrados brinquedos que eles levaram para presentear os índios, pois eram pessoas carentes. Elas queriam ajudar, queriam servir e estavam sendo útil”, enfatiza.

O G1 fez contato com o comerciante Rubélio Santos, tio de Rayline, ele informou que ainda não tinha vistos os registros, mas disse estar feliz pela felicidade da sobrinha. E que vai lembrar da imagem dela, sorrindo.

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Segundo o delegado, no dia em que os corpos foram resgatados foram achadas as mesmas roupas que as jovens aparecem nos registros. Santos explicou ainda que a ordem em que os corpos fora resgatados aponta que as vítimas estavam nas posições em que aparecem nas imagens. “É do dia do acidente, elas estavam com as roupas. O pessoal da pericia falou que tinham que conhecimento de que o passageiro estava ao lado ado piloto e as fotos reforçaram que estavam lados. As fotos vem fortalecer mais os testemunhos. A posição dos passageiros. Tiramos primeiro a moça que está sozinha [Rayline], depois tiramos as outras duas.

A missa de sétimo dia das jovens será realizada na segunda-feira (5), às 19h15, na Igreja de Fátima, em Santarém.
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