PF cumpre mandados em Santarém e Itaituba, em operação para combater exploração e comercialização clandestina de ouro
A Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público Federal, deflagrou nesta quinta-feira (10) a Operação “Dilema de Midas”, que teve o objetivo de reprimir a aquisição e comercialização de ouro de origem clandestina. O crime era cometido por instituições financeiras especializadas que atuavam na compra de citado mineral procedente da Região do Rio Tapajós. Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão sendo três na cidade de Itaituba/PA e quatro em Santarém/PA.
Além das buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens de alguns investigados que chegou ao valor total de 72 milhões de reais. Esta quantia seria correspondente ao proveito obtido com a pratica ilegal. Além disso, também foi determinada a suspensão das atividades de um Posto de Compra de Ouro (PCO) estabelecido em Santarém/PA que é suspeito de comprar ouro extraído clandestinamente no entorno da Terra Indígena Zo’é.
Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu uma intensa movimentação de ouro por parte dos estabelecimentos investigados nas cidades de Santarém/PA e Itaituba/PA, e também fortes indícios de que grande parte desse mineral adquirido tenha sido extraído clandestinamente na Região do Rio Tapajós causando graves danos ao meio ambiente.
Os suspeitos estão sendo investigados pela prática de quatro crimes: usurpação de bens da união, falsidade ideológica, receptação qualificada e o de constituir organização criminosa.
O nome da Operação faz referência ao Rei Midas, que segundo a mitologia grega, ganhou o poder de transformar tudo que tocava em ouro, porém esse poder acabou se transformando em uma maldição, visto que ficou impedido até de se alimentar, já que tudo o que ele tocava se transformava imediatamente em ouro.
Assessoria de Comunicação Social da PF
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