Grupo Equatorial inaugura as novas linhas de transmissão do Tramoeste


Com entrega em tempo recorde, a obra vai beneficiar mais de meio milhão de pessoas em 11 municípios paraenses

Na noite da última sexta-feira (07), o Grupo Equatorial Energia inaugurou as novas linhas de transmissão do sistema Tramoeste, que deve atender com energia de maior confiabilidade as regiões oeste e sudoeste do Pará. O evento contou com a participação de representantes da empresa, da Equatorial Transmissão e da distribuidora Equatorial Energia Pará, além de autoridades locais e do governador do Estado. 

A conclusão da obra é um acontecimento histórico, esperada por mais de 20 anos.  Inaugurado em 1998, o primeiro Tramoeste, composto pela Linha Tucuruí-Altamira/Transamazônica-Rurópolis, esgotou a capacidade, devido ao crescimento da região. Em 2014, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL conseguiu um proponente para construir o segundo Tramoeste, composto desta vez pela Linha Xingu-Altamira/Transamazônica-Tapajós. Porém, a empresa que venceu a licitação não teve condições financeiras para continuar o projeto.

Por conta dessa situação, a ANEEL realizou um novo leilão em 2017, no qual Equatorial Transmissão, tornou-se a responsável pelo planejamento, projeto básico e executivo, implantação, operação e manutenção das linhas do Tramoeste.

Já em operação, as linhas beneficiam cerca de 600 mil pessoas com energia firme e de maior confiabilidade. Realizada por meio da Equatorial Transmissão, empresa que faz parte do Grupo Equatorial, a obra contou com um robusto investimento, na ordem de R$ 860 milhões.

Durante o evento, o presidente do Grupo Equatorial Energia, Augusto Miranda, ressaltou que a obra é fundamental.  "Esse empreendimento deve atrair a implantação de várias empresas aqui na região, pois energia de qualidade é extremamente necessária nesse processo. Em ritmo de ação e consequência, naturalmente vamos ter geração de emprego e renda para toda a população. E por estar contribuindo para esse crescimento, hoje é um dia muito feliz para todos nós do Grupo Equatorial”, disse Miranda. 

ENTREGA EM TEMPO RECORDE - A construção das linhas e de todo o sistema que as complementa foi concluída em tempo recorde, com um adiantamento de dois anos e meio do prazo inicial, que era de 5 anos. Com esse incremento ao sistema elétrico paraense, a rede de distribuição de energia, cuja responsabilidade é da Equatorial Energia Pará, passa a ser suprida de forma mais confiável.

O governador do Pará, Helder Barbalho, que também esteve no evento, afirmou que a obra é um marco na história.  "Hoje nós estamos aqui festejando o incremento de oferta de energia para um Estado tão grande e cheio de potencial. Este momento que estamos vivendo, renova a perspectiva do desenvolvimento. É um novo tempo, com energia efetiva, que traz comodidade para o cidadão e contribui para que mais indústrias possam chegar a esta região", comemorou o governador.

De acordo com o representante da Associação Comercial de Santarém, Roberto Branco, haverá um grande benefício para o setor de indústria. “Não podíamos pensar em crescimento, sem energia. Temos um projeto do distrito industrial, que queremos implementar e agora vai ser possível graças a energia de qualidade. Nós queremos que o nosso PIB que hoje, em termos de indústria significa cerca de 15%, aumente, e para isso a energia é fundamental", explica.

DETALHES DA OBRA - A região do Tramoeste era atendida por uma única Linha de Transmissão, que saia da Subestação Tucuruí e chegava até a Subestação Rurópolis. Essa linha de transmissão estava com sua capacidade esgotada, além disso, a interligação de Santarém era realizada por dois circuitos muito longos em 138 kV que ligam as Subestações Rurópolis e Tapajós, de responsabilidade Equatorial Pará.

Com as obras da Equatorial Transmissão, agora existe a duplicidade de Linhas da Subestação Xingu até a Subestação Tapajós, em Mojuí dos Campos. A outra parte do Tramoeste é composto pela LT 230 kV Tucuruí – Altamira – Transamazônica – Rurópolis, de propriedade da Eletronorte. No total, são 436 quilômetros de linha de transmissão.
O sistema ainda é composto por mais cinco subestações de energia: a Subestação Xingu, cuja responsabilidade de operação é da empresa LXTE; as Subestações Altamira, Transamazônica e Rurópolis, de responsabilidade da Eletronorte; e a Subestação Tapajós, localizada no município de Mojuí dos Campos, que é nova e foi construída pela Equatorial Transmissão, com capacidade instalada de 300 MVA.

MUNICÍPIOS BENEFICIADOS – As novas linhas de transmissão do Tramoeste passarão por oito municípios paraenses. Incluindo Santarém, Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Mojuí dos Campos, Uruará e Vitória do Xingu. Ainda há 970 torres metálicas ao longo desse percurso para sustentar a estrutura do linhão. Cidades que não estão no trajeto da Linha, também serão beneficiados, como é o caso de Itaituba, Trairão e Rurópolis.

FIBRA ÓTICA NO TRAMOESTE - Toda a extensão das novas linhas de transmissão possui uma estrutura de fibra ótica para oferecer internet de alta velocidade para as regiões que vai atender. Essa fibra é da Equatorial Telecom, outra empresa do Grupo Equatorial. Por enquanto, a linha de fibra ótica passa por processo de anuência junto a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL. Mas trata-se de uma grande estrutura, com o que há de mais inovador no que diz respeito a conexão em alta velocidade e que deve entrar em operação em breve.

O TRABALHO DA EQUATORIAL PARÁ NO TRAMOESTE – Embora as necessidades do Tramoeste estivessem relacionadas à transmissão de energia, a Equatorial Pará, desde que passou a ser gerida pelo Grupo Equatorial, preparou a rede de distribuição para fazer frente ao crescimento do mercado, em paralelo às ações de reforço e expansão da Rede Básica. O investimento na região foi de R$ 317 milhões, recurso utilizado na duplicação do total de subestações, que eram sete e passaram a ser 14, além da ampliação de mais outras duas e a construção de 150 quilômetros de linha de transmissão.

Glossário
Linha de Transmissão – É pelas linhas de transmissão que a energia vinda das usinas geradoras, como Furnas, Itaipu, Belo Monte ou Tucuruí, percorre a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional – SIN, até chegar às Subestações e às redes de distribuição dos Estados e ser disponibilizada aos consumidores.

Subestações de energia – as subestações de energia são responsáveis pelo início da distribuição da energia. Elas funcionam como pontos de entrega de energia para os consumidores. Quando essa energia chega nas subestações é feito o aumento ou diminuição de tensão para adequá-la ao consumo dos clientes.

Rede de distribuição – Após sair das usinas, percorrer a rede de transmissão e passar por adequações nas subestações, a energia chega à rede de distribuição, onde será encaminhada ao seu destino final, os consumidores.
 


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