Jacareacanga: LIDERANÇAS MUNDURUKUS DENUNCIAM ATOS DE VIOLÊNCIA E HUMILHAÇÃO DAS FORÇAS FEDERAIS CONTRA INDIGENAS.

Um grupo de lideranças indígenas Munduruku, estão denunciando ações truculenta e potencialmente desastrosa da Polícia Federal em sua Operação Mundurukânia, que ataca a tradicional prática de mineração indígena de pequena escala, responsável por agredir e ferir indígenas, queimar casas e destruir precioso maquinário nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, toda essa arbitrariedade aconteceu no município de Jacareacanga, no sudoeste do estado do Pará.

Desde início das operações policiais na última terça-feira, uma verdadeira enxurrada de fotos, áudios, postagens e relatos tomaram conta das redes sociais e até de canais da grande mídia ilustrando bem o clima de tensão, desespero e violência vivenciado por diversos indígenas Munduruku. Um texto enviado por uma liderança Munduruku informava que:

Aqui a situação não está nada bem a operação da polícia federal, força nacional estão na cidade de Jacareacanga e estão queimando os maquinários dos indígenas, queimando barraco, roubando ouro dos indígenas…Precisamos de um deputado do Pará e dos senhores senadores da republica pra parar esta operação dentro de nossas terrar …hoje as 4 horas da madrugada os parentes vão fazer manifestação no aeroporto onde estão os helicópteros”. Esse foram alguns relatos das lideranças dos indígenas no dia da operação.


Outros abusos das Forças Federais, foram cometidos na cidade de Jacareacanga, quando algumas pessoas tentavam chegar ao aeroporto municipal, para realizar algum serviço ou outros, era tratadas com com atos de humilhação, muitas vezes os agentes da PF e da Força Nacional, tratam aos gritos chamando inclusive com palavrões as pessoas, como em alguns vídeos aprecem agentes gritando e debochando de moradores de Jacareacanga.


Depois de um acordo, as Forças de Seguranças Federal, só mudaram de local, agora estão baseados na cidade de Novo Progresso, que fica não muito distante das terras Mundurukus. As operações apenas cessarem por alguns dias, mais segundo os próprios agentes dos IBAMA e da PF, logo voltaram. Uma comissão de deputados estaduais ou federais, deveriam acompanhar essas operações nos garimpos, para que não haja mais truculências e humilhações, principalmente com os indígenas que estão em sus casas. 

Informações disponibilizadas pelos próprios indígenas indicam que houve protestos e manifestações lideradas pelos próprios indígenas e seus aliados. O vice-prefeito de Jacareacanga, Valmar Kabá Munduruku, que também é indígena e importante liderança Munduruku, entrou em campo para interceder pelos seus irmãos e parentes indígenas.

Além das manifestações indígenas que tentavam resistir os ataques das forças policiais, uma outra eficaz frente de uma articulação política, estabeleceu bem-sucedidos contatos estratégicos com deputados Estaduais e Federais da bancada do Pará na Câmara Federal que já no mesmo dia se manifestaram e agiram em Brasília.

A lamentável decisão do Ministro Luís Roberto Barroso política, tendenciosa, parcial e unilateral que ataca diretamente a liberdade econômica dos indígenas Munduruku que já há décadas vivem da extração mineral na região. Sua é parcial porque atenta e observa apenas o lado daqueles indígenas que, pagos pelas ONGs internacionais como o WWF e o Greenpeace, assumem apenas o discurso contrário ao legítimo direito de explorar racionalmente os recursos minerais de seu território. Ao agir assim, Barroso age como um ONGueiro de marca maior, favorecendo o discurso inócuo e limitado das ONGs e agravando ainda mais o conflito e as divisões entre Munduruku.

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