AÇÃO DA PF EM CONJUNTO COM A CGU MIROU ESQUEMA DE FRAUDES A LICITAÇÕES EM CONTRATOS QUE SOMAM R$ 198 MILHÕES
A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), cumpriu na manhã desta terça-feira (2/9) uma série de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva em uma operação que mira desvios em contratos da Saúde e Educação no Pará que somam R$ 198 milhões.
Leia abaixo a lista dos alvos da PF apurados pela coluna:
- Ana
Claudia Duarte Lopes – Secretária de Educação de Marituba (PB);
- Celso
da Silva Mascarenhas – Diretor da Polícia Científica
- Denis
Figueiredo da Silva – Perito, responsável pelo setor de obras da Polícia
Científica do Pará;
- Edilvandro
Augusto de Almeida Pereira – Servidor do Detran/PA;
- Fabrício
Buarque Correa – Chefe de Gabinete do Presidente da Alepa;
- Renata
Mirella Freitas – Diretora do Detran/PA;
- Sandro
Rogério Nogueira Sousa Matos – Servidor da Alepa
- Alberto
Furtado Pinheiro;
- Alex
Jordan Santos da Cunha;
- Jacélio
Faria da Igreja.
Cinco dos investigados foram presos preventivamente.
As ações da PF e da CGU também incluem a aplicação de
monitoramento eletrônico em uma pessoa, afastamento de seis servidores públicos
e suspensão, por tempo indeterminado, das atividades econômicas de 4 empresas
investigadas, incluindo contratos firmados e atualmente vigentes com órgãos do
Pará e do município de Marituba (PA).
Operação Expertise
A operação, batizada de Expertise, apura a atuação de uma
organização criminosa voltada ao cometimento de crimes contra a administração
pública e a lavagem de dinheiro, mediante a contratação fraudulenta de empresas
por diversos órgãos públicos estaduais e municipais do Pará, por meio da
utilização de recursos federais oriundos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Segundo a PF, as investigações mostram a existência de um
“modus operandi” que envolve empresários, servidores públicos e empresas de
fachada.
O esquema também inclui o direcionamento de licitações,
adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação ou execução parcial
de contratos administrativos, repasses de vultosos valores públicos e,
posteriormente, o saque em espécie e redistribuição desses recursos entre os
agentes integrantes da organização.
As ações contaram com a participação de 65 policiais federais
e 06 auditores da CGU. Os investigados poderão responder por crimes
relacionados à lei de licitações, peculato, organização criminosa, corrupção
ativa e passiva, advocacia administrativa, falsidade ideológica e lavagem de
capitais.

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