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Salários atrasados levam à invasão da casa do prefeito de Jacareacanga
Em 2008: índios invadem casa do então Prefeito Carlos Veiga. |
Edição de 15/12/2008
Revolta - Servidores temem que o prefeito deixe o cargo sem pagar os vencimentos
Aproximadamente 100 profissionais em educação da etnia munduruku que trabalham nas aldeias do alto Tapajós e do rio Teles Pires, município de Jacareacanga, sudoeste do Estado invadiram a residência do prefeito Carlos Augusto Veiga na manhã de sábado. Eles queriam receber os salários atrasados há três meses.
Os professores vieram das aldeias e formaram fila em frente à Prefeitura, pois a informação é que 'estaria saindo o pagamento'. Depois de alguns minutos na fila, apareceu Francisco de Paiva Bessa, tesoureiro da prefeitura que, acompanhado de três policiais militares, informou aos índios que a Prefeitura não tinha mais dinheiro para fazer pagamento. Revoltados, os índios decidiram ir à residência do prefeito. Segundo um dos líderes do movimento o grupo iria solicitar o pagamento, caso o prefeito dissesse que não tinha dinheiro, eles iriam conduzi-lo até uma das aldeias e iriam deixá-lo como refém até receberem os seus salários.
Ao chegarem em frente à residência do prefeito Carlos Augusto Veiga a Polícia Militar tentou impedi-los e houve tumulto. Os índios conseguiram invadir a residência e o prefeito foi obrigado ouvi-los. Depois de acalmar os professores indígenas, o prefeito prometeu fazer o pagamento de todos amanhã e garantiu a alimentação e hospedagem na cidade até o retorno para as aldeias.
Os índios continuam nas ruas da cidade e prometem permanecer até receber os pagamentos atrasados. Apesar da aparente calmaria, o clima é tenso na cidade. A população teme uma ação inesperada dos índios. Eles afirma que se prefeito não pagar poderão reagir a qualquer momento.
Um policial admitiu que está preocupado com a segurança do prefeito, 'o efetivo policial do destacamento em Jacareacanga é pequeno, são poucos homens para tanto índio e se houver uma reação deles (índios), não temos como impedi-los'.
De acordo com um dos líderes do movimento a administração municipal vem atrasando os salários dos profissionais em educação, 'especialmente daqueles que trabalham nas aldeias mais distantes, que não conseguem sair da aldeia todo mês devido à distância, mas ficou acertado que quando viéssemos seria feito o pagamento'. No entanto o professor relata que 'depois da eleição, com a derrota do atual prefeito ficou difícil, ele não quer mais pagar os professores'.
Além dos professores das aldeias, os profissionais em saúde contratados reclamam que estão com os salários atrasados e temem que o fim do mandato do atual prefeito chegue sem que a categoria receba os salários referentes a novembro, dezembro e 13º salário. 'Dia desses não havia nem seringa para aplicar uma injeção num paciente aqui na emergência' afirmou uma enfermeira que pediu para não ser identificada.
O prefeito Carlos Augusto Veiga foi procurados para falar sobre os atrasos, mas a informação é que ele teria saído da cidade.
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