Marabá: LEISHMANIOSE: HOSPITAL REGIONAL DO SUDESTE DO PARÁ ALERTA SOBRE OS RISCOS DA DOENÇA E COMO SE PREVENIR
Para conscientizar a população sobre a enfermidade, o
Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá,
vem promovendo palestras educativas com alertas sobre os riscos e também sobre
os cuidados para evitar a doença.
A iniciativa do HRSP, unidade que pertence ao Governo do
Pará, e gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, faz parte do projeto
“Espera Humanizada” da Comissão de Humanização do hospital, que por meio de
equipe multidisciplinar, dissemina informações sobre assuntos relacionados a
saúde e bem-estar.
Na ação, a equipe percorre os corredores e unidades de
internação do hospital, alertando sobre a importância da prevenção, dos
cuidados e do diagnóstico precoce da leishmaniose, que segundo a SESPA já
registrou mais de 1.200 casos no primeiro semestre de 2021.
Segundo o enfermeiro Paulino Vieira, que atua no Serviço de
Infecção Hospitalar (SCIH) do HRSP, as leishmanioses são doenças infecciosas
não contagiosas de curso crônico, causadas por protozoários do gênero leishmania,
podendo ser de dois tipos: a tegumentar americana, e a visceral conhecida como
calazar, que é a mais grave.
"A doença é transmitida por meio da picada de insetos os
'flebotomíneos', conhecidos como mosquito palha. A transmissão acontece quando
fêmeas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem,
transmitindo assim a enfermidade", explica.
A doença não é contagiosa e nem se transmite diretamente de
uma pessoa para outra, nem de um animal para outro e nem dos animais para as
pessoas, as principais vítimas são as crianças e os idosos.
Sintomas e tratamento
A leishmania tegumentar tem como principais sintomas a
presença de nódulos e feridas pelo corpo, o aparecimento de úlceras na pele e
nas mucosas das vias aéreas superiores.
Já visceral, a forma mais grave da doença, apresenta sintomas
como febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza,
redução da força muscular e anemia.
De acordo com o médico Cassiano Barbosa, diretor Técnico do
HRSP, o diagnóstico da doença é realizado por meio de exames clínicos e
laboratoriais, e seu tratamento é feito a base de medicamentos indicado pelo
médico.
"Se a doença for diagnosticada precocemente e receber um
tratamento adequado, ela tem cura. Por isso é fundamental ficarmos atento aos
sintomas e sempre procura um especialista em caso de suspeitas da doença",
ressaltou.
Ainda segundo o médico, o tratamento pode ser feito em casa,
desde que a pessoa tenha condições de receber os cuidados necessários neste
local, e que consiga se deslocar ao hospital para receber as medicações e para
as reavaliações médicas. Além disso, a internação hospitalar deve ser
recomendada sempre que houver agravamento da doença.
Como prevenir
• Usar repelentes quando estiver em ambientes de mata, onde o
mosquito-palha é encontrado, e evitar exposição nos horários de maior
intensidade de mosquitos;
• Caso resida em regiões de mata, use mosquiteiros de malha
fina, bem como coloque telas em portas e janelas;
• Manter terrenos e quintais próximos limpos, removendo
entulhos e sujeiras, e podando árvores, para diminuir a umidade que facilita a
procriação do mosquito e moscas;
• Evitar lixos orgânicos no solo, para não atrair animais,
como ratos, que podem conter a doença;
• Evitar construir casas com distância menor que 400 metros
da mata;
• Os animais domésticos, em especial os cães, devem usar
coleiras com repelentes e se possível vacinados contra a doença.
O Regional do Sudeste do Pará é uma unidade com atendimento
100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O hospital, que conta com 115 leitos, é
referência para mais de 1 milhão de pessoas de 22 municípios da região.
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